miércoles, septiembre 28, 2005

 
Leia esse blog do primeiro ao último post escutando Los Hermanos<))))



Todos morrem de saudades dela...
Eu já liguei, procurei, reclamei, xinguei, estressei... mas ela continua sempre querida e com aquela graça de que gosta de aparecer inesperadamente no blog... sempre que dá vontade...
Já escreveu textos hilários, contou das aventuras com o mochilão nas costas, dos amores de outrora, das saídas com as amigas, das fantasias de sua mente...

Essa Sininho não tem jeito...
E agora, a Dodô realiza seu sonho, embarca para sua “terra do nunca”. Nunca? Essa palavra não existe em seu dicionário, porque para ela o mais remoto sonho pode ser perfeitamente realizado. Foi isso mesmo que ouvi de sua boca hoje: “Lembra que eu disse que ia para Londres? Estou indo...”

Sábado ela decola para outras terras ainda não exploradas, um povo diferente, uma cultura nova, um linguajar peculiar... o tal do inglês! Hi! Conta ai, , como foram as rápidas aulas de inglês num único semestre. Valeu a pena e vai valer muito mais daqui há alguns dias...

Hoje almoçamos juntas e amanhã vamos nos encontrar, mas já estou morrendo de saudades... Depois do almoço cheguei triste no escritório que ainda tem a sua alegria, porque sempre lembramos das suas brincadeiras com o Hênio (Donáriaaaaaa) e da fiel amizade com todos.
Confesso (e ela sabe disso) que não colocava muita fé nessa viajem. Mais uma das aventuras da Super Dodô... mas agora, nada de mochilão, ou vai ter???
Tudo ok: passaporte, visto, hospedagem, matrícula em escola, local para dormir e comer, dinheiro...

Parabéns Dô! Você está realizando seu sonho! Como a Sininho, está voando para a sua “terra do nunca” e tenho certeza que será muito feliz!!!

Gosto de uma frase milenar que retrata bem este momento: “É incrível a força que as coisas parecem ter, quando têm que acontecer”! É verdade... olha em volta e vê o quanto as coisas caminharam para chegar a este momento... não que tenham sido fáceis, pelo contrário, conseguir o tal visto, eta! Deixar agora o coração ainda está mais difícil...

Você merece!

Vai ser um ano e dois meses (ou mais???) de saudades dos seus pais, amigos, do dia-a-dia de BH e da “agitada” Cipotânea. Mas passa... e daqui a pouco estará contanto no nosso blog e até pessoalmente “as aventuras da Super Dodô na capital dos Beatles”.

Sucesso amiga, cuide-se e que Deus guie seus passos.
Beijos Lú

PS: e para ter uma despedida bem à brasileira, amanhã terá samba de raiz na Utópia, com Copo Lagoinha... Dô, Lê e Lú... juntas.


Artista do mês:Cartola<))))

miércoles, septiembre 07, 2005

 

“Salve” ó 07 de setembro???

Silêncio... nenhum foguete estourado, nenhuma música nacional cantada, nenhum avião sobrevoando e saldando o Dia da Independência brasileira... mas não é um silêncio de paz, é um silêncio de revolta...

Hoje muitas pessoas estão com vergonha de cantar o Hino Nacional, porque o sol da liberdade não está brilhando em nossos corações. Comemorar a Independência de Portugal ou a escravidão à corrupção constante? Qual é a expressão no rosto do presidente Lula? Ele cai ou não cai? Tudo vai terminar em pizza???

O dia dos brasileiros que não têm orgulho de serem quem são... Ninguém mais ouviu falar na propaganda “eu sou brasileiro e não desisto nunca”... Jogaram um balde de água fria na confiança que o povo despendeu ao PT. E agora, em quem votar nas próximas eleições? Em quem confiar?

Não acho que deixar de votar ou anular o voto seria a melhor solução, porque mais uma vez se confirmaria o direito das classes mais pobres elegerem alguém, e todos sabem que no Brasil ainda existe muito voto comprado, como aquela música dizia“...ao permitir que num país como o Brasil ainda se obrigue a votar por qualquer trocado, por um par de sapatos, por um saco de feijão, a nossa imensa massa de iletrados...”

Com certeza estamos descrentes...

Minha mãe acaba de me chamar para assistir a “parada” do 07 de Setembro, revoltada disse que não. Até ela que teve aulas de Moral e Cívica desde a infância, e cantava o Hino Nacional com sua avó antes de dormir, acabou por ir molhar as plantas no jardim, e deixar passar o dia. Hoje não tenho o quê comemorar. Tenho as lembranças de quando acordava cedo para ver o desfile, o presidente imponente no palanque, o discurso e as tropas passando. Ano passado estive em Brasília nesta data, e senti uma emoção diferente. Mas hoje vou ficar no meu silêncio...

Sei, no entanto, que ficar em casa esperando as coisas acontecerem também não está certo, mas numa fui de ir para as ruas brigar, tenho sim uma boa consciência e estou analisando cada dia mais o perfil das pessoas que “dizem” que querem nos representar na Presidência, no Congresso, nas Governadorias, nas Assembléias, nas Prefeituras e nas Câmaras. Não voto por votar, não deixarei de votar nas eleições que sucederão, mas espero estar fazendo a escolha certa, porque desta vez o povo errou...

E quem vai “salvar” o 07 de setembro?

Beijos, Lu Mineirasuai



martes, septiembre 06, 2005

 

Katrina, com K maiúsculo

Ela chegou silenciosa, em toda sua majestade, linda e branca, com uma calda esvoaçante e enfumaçada, tão comprida e revolta, como os cabelos sacodidos ao vento por uma sereia que vem do mar. E não de qualquer mar: do Oceano Atlântico, onde, no Golfo do México ganhou força para romper a barreira do "impossível" e "inimaginável" e adentrar no país mais rico e poderoso do mundo sem a menor cerimônia, como uma adolescente revoltada que entra correndo em casa ouvindo um hard-core e chutando ao chão todos os pertences da família...


Muitos nem deram importância a ela. Permaneceram em suas casas, em suas cidades, esperando que o pior anunciado não chegaria, não seria verdade, como tantas vezes não foi. Quantas vezes ela batera à porta, tendo sua chegada anunciada em alto e bom tom, e o quão devastadora seria, quando tudo não passou apenas de "fogo de palha", um filme repetido, um vale-a-pena-ver-de-novo... um ventinho "meia-boca" que todos já viram e já sabem no que vai dar...

Pois e não é que
ela se sentiu forte e pegou a muitos de surpresa... Chegara a ser anunciado por autoridades locais que a evacuação seria necessária para dar lugar a ela, mas muitos ficaram pra trás. Os que saíram da cidade, nem roupas levaram, deixaram seus pertences mais preciosos para trás: carros, jóias, livros, arquivos magnéticos, fotos, cães e gatos. Pensavam que estariam de volta no máximo até 3 dias após a chegada dela, não contavam com sua astúcia, com o não-cálculo de todos os seus movimentos pelos especialistas, com a fragilidade do esquema de segurança do país mais rico do mundo, estados, cidades, com a fraqueza dos diques de contenção, que faziam com que fosse possível habitar uma cidade costeira que fica quase que 70%, aproximadamente, abaixo do nível do mar, e entre um rio (um dos maiores do mundo, diga-se de passagem - Mississipi) e um lago (Ponmtchartraim)...



E não chega a ser irônico ( e trágico, obviamente) que justamente nos locais onde ela passou levando tudo que via pela frente, eram os estados em que o atual presidente do país havia sido majoriatriamente rejeitado nas últimas eleições, por mais de 80% do eleitorado local, e que tal eleitorado fosse, em sua grande maioria, pobre e negro?

É claro que Katrina, com K maiúsculo,
foi um acidente natural, de uma força da natureza estrondosa, que não se pode medir com certeza matemática. No entanto, que força natural é esta, sem precendentes históricos? Que natureza é esta? Não estamos sendo alertados por ela, para que sejamos menos poluidores, e mais conscientes da nossa responsabilidade para com o meio ambiente em que vivemos? E não é verdade que o país mais rico do mundo é também aquele que mais polui? Aquele que se recusou a assinar o Protocolo de Kyoto sobre maior controle sob a emissão de gazes poluentes pela indústria?

As coisas parecem ficar bem claras agora...

Pelo menos para algumas coisas, que chegam a ser ironicamente engraçadas, a passagem
dela serviu:

1) Hugo Cháves e Fidél Castro oferecerem ajuda ao país mais rico do mundo;

2) O país mais rico do mundo pedir ajuda à OTAN e à U.E;

3) And last, but not least (por último, mas não por isso, menos importante, se é que não foi o MAIS IMPORTANTE DE TUDO), é que tudo isso serviu para aguçarmos o senso de fraternidade e solidariedade humanos, porque o ser humano pode ser ruim, mas também PODE SER BOM, pode ajudar, pode dar a mão, pode, com uma simples palavra, um gesto, ajudar, e muito, a quem hoje não tem mais NADA.

Convido todos os leitores, amigos, fãs, blogueiros e internautas de plantão a se informarem sobre ela, pois mesmo quem acha o contrário, pode ajudar em algo.

O blog do Idelber virou um ponto de encontro p/ a comunidade de New Orleans e Tulane University. Ele disponibilizou e-mails a todos, está em contato direto com amigos nos EUA para realocar estudantes de Tulane em outras universidades e nos informa sobre tudo que se passa por lá. Há também indicações de sites, blogs, telefones e e-mails que pode-se contactar em caso de emergência, e que dão notícias da situação.

O Alex Castro, do LLL estava em New Orleans, chegara por lá 2 semanas antes da passagem dela. Agora ele é um "exilado", e está lutando para ter notícias de Oliver, seu cão, que ficou em seu apartamento pelos motivos já elencados acima. Se alguém puder fazer qualquer coisa, o link para o pedido de ajuda dele é este aqui, e é sério.

Muitos beijos a todos,

Ana Letícia.
Mineiras, Uai!


Texto publicado no blog Mineiras, Uai!, em 05/09/2005.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Suscribirse a Entradas [Atom]