sábado, octubre 08, 2005
O Antropófago xD
Quando um homem fala 'trem'
Um trem passa pela sua boca.
Se no alto-falante ele gritar 'loucura'
A humanidade há de ficar louca.
Mas a boca se faz inútil,
Pois é com os olhos que se come
E nos livros tudo é comida:
Os atos, as coisas e os homens.
Com 300 ou 500 páginas
Temos um banquete pra horas e horas
Digerindo e ruminado:
Manicômios, malícia, memórias...
Se já não tivessem chamado Cultura,
Chamariam de macabro e impune.
Pois é humanidade comendo humanidade
Carnificina grande e sem imunes,
E se fosse posto em papel,
Até Shakespeare sentiria ciúmes.
É assim que se alimenta o espírito
E nem por isso, a carne lhe é hostil,
Mesmo sendo os livros objetos transcendentes
Nós podemos amá-los do amor táctil.
Todo livro é um grito de desespero,
O medo da inegável e caçadora morte.
Mas a vida impressa em limitadas páginas,
Faz a existência ter uma infinitude mágica,
E nos liberta da escravidão da sorte.
Assim o homem se torna livre
E eterno em seu absurdo.
E mesmo morrendo de fome
Enquanto houver homem,
Alguém comerá seu fruto.
E se em toda a literatura
O que aqui eu disse não tem contato,
É porque não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado.
Post Scriptum: Sim, fui eu que escrevi. Odeio qualquer coisa que eu mesma tenha feito. Mas quis postar essa aqui. Foi para o Projeto Nestlé este ano (e eu espero ganhar os 1500$ ^-^). Espero que vcs gostem... rs.
Dag! ^^v
Um trem passa pela sua boca.
Se no alto-falante ele gritar 'loucura'
A humanidade há de ficar louca.
Mas a boca se faz inútil,
Pois é com os olhos que se come
E nos livros tudo é comida:
Os atos, as coisas e os homens.
Com 300 ou 500 páginas
Temos um banquete pra horas e horas
Digerindo e ruminado:
Manicômios, malícia, memórias...
Se já não tivessem chamado Cultura,
Chamariam de macabro e impune.
Pois é humanidade comendo humanidade
Carnificina grande e sem imunes,
E se fosse posto em papel,
Até Shakespeare sentiria ciúmes.
É assim que se alimenta o espírito
E nem por isso, a carne lhe é hostil,
Mesmo sendo os livros objetos transcendentes
Nós podemos amá-los do amor táctil.
Todo livro é um grito de desespero,
O medo da inegável e caçadora morte.
Mas a vida impressa em limitadas páginas,
Faz a existência ter uma infinitude mágica,
E nos liberta da escravidão da sorte.
Assim o homem se torna livre
E eterno em seu absurdo.
E mesmo morrendo de fome
Enquanto houver homem,
Alguém comerá seu fruto.
E se em toda a literatura
O que aqui eu disse não tem contato,
É porque não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado.
Post Scriptum: Sim, fui eu que escrevi. Odeio qualquer coisa que eu mesma tenha feito. Mas quis postar essa aqui. Foi para o Projeto Nestlé este ano (e eu espero ganhar os 1500$ ^-^). Espero que vcs gostem... rs.
Dag! ^^v
Comentarios:
<< Inicio
ah! as partes em itálico são, respectivamente:
uma citação de Heidegger, do "Ser e Tempo";
trecho da música de Caetano Veloso, "Livros";
versinho de Mário Quintana.
uma citação de Heidegger, do "Ser e Tempo";
trecho da música de Caetano Veloso, "Livros";
versinho de Mário Quintana.
Gostei muito K-íssa do poema. Até recitei para eu ouvir as palavras. E se vc ganhar a grana com a poesia, me convida p/ festa.rsrsrs E aí gostou a Juke Box? Cake. Eu escolhi os sons de acordo com cada um que escreve no BocaLibre. Espero ter acertado. Não é brincadeira não K-íssa, o dia está lindo e eu aqui em casa em frente a tela. Escritos Malditos volta novembro mês do meu aniversário, dia 25.
Beijos
Beijos
Que belo poema... vc tem futuro, hein, menina...
Espero que vc ganhe msm.. sua vitoria seria pra mim como uma vitoria minha...rsrs
bjo,
e xxx...
Espero que vc ganhe msm.. sua vitoria seria pra mim como uma vitoria minha...rsrs
bjo,
e xxx...
Gostei muito.
Espero q vc consiga. Embora não conheça ninguém q tenha ganho alguma coisa. Os premiados, sabe?! Eu mesma, nunca ganho nada...
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Espero q vc consiga. Embora não conheça ninguém q tenha ganho alguma coisa. Os premiados, sabe?! Eu mesma, nunca ganho nada...
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